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12/12/2007

PARA PENSAR...




"ANTES NOS ESCONDÍAMOS PRA MORRER, HOJE APARECEMOS PRA VIVER".


Houve um tempo em que não se podia falar em HIV/AIDS, parecia que tudo de errado estava relacionado a doença. As pessoas associavam a doença diretamente a promiscuidade e ao uso descarado de drogas. Todos que eram infectados, estavam condenados a receber um rótulo de promíscuos e viciados. Não adiantava lutar por direitos que não existiam, bastava pensar em uma pessoa soro positiva para se pensar em algo ilícito.

A AIDS durante algum tempo foi um mal que a sociedade lutava pra esconder como uma mancha negra no histórico da humanidade e mais ainda, foi um tabu para aqueles que estavam condenados a encarar o júri social apesar de já terem sobre seus ombros o fardo pesado de uma pena de morte imposta pela doença.

Para um portador de HIV não interessava se ele desenvolvia o vírus ou não, bastava saber o diagnóstico para ter ali uma determinação de que era o fim: fim da vida, dos amores, da saúde, da felicidade, do convívio social. Muito disso, a sociedade impunha com a discriminação e o terror pelo medo disfarçado de se tornar uma sociedade doente, talvez por isso algumas pessoas famosas fizeram questão de divulgar a doença e alertar a sociedade que este não era um mal que poderia ser mascarado, e que também não pertencia a uma única classe, cor, grupo etc., mas que atingia a todos e que ninguém estava livre de um dia fazer parte das tristes estatísticas sobre HIV e a AIDS.

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; deficiência essa, de compreensão, de solidariedade, de amor, enfim, uma deficiência que aos poucos foi sendo superada e que ainda hoje lutamos para exterminá-la. Atualmente, já são muitas as conquistas, temos um dia próprio para o combate a doença, um dia para reflexão e vivemos um pouco melhor da doença social que nos humilhava e nos proíbia de sair as ruas. Hoje viver com HIV é mais possível graças a luta e a superação de algumas barreiras sociais. Quebramos as patentes das empresas de medicamentos, fazemos campanhas, mostramos nossas caras nas ruas, gritamos alto e temos um sistema de saúde todo idealizado, planejado para nossa assitência e finalmente, adquirimos o direito de aparecer e viver mais. Somos, senão o primeiro ou único, um dos poucos países com uma política própria de combate, prevenção e tratamento a AIDS no mundo. Deixamos de nos esconder pra morrer, e estamos aparecendo pra viver.

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